terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Era Napoleônica

Este trabalho trata sobre o período napoleónico, que foi um processo revolucionário (recompôs a estabilidade política em França) em que se instalou um governo autoritário, centralizador e expansionista dirigido por Napoleão Bonaparte. Esta figura coroou-se imperador no ano de 1804 sob o título de Napoleão I.
Era Napoleônica
A sociedade francesa estava a passar por um momento difícil com os processos revolucionários ocorridos no país, de um lado com a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as tradicionais monarquias europeias, que estavam a temer que os ideais revolucionários franceses se difundissem pelos seus reinos.
O governo do Directório foi derrubado em França sob o comando de Napoleão, que junto com a burguesia, instituiu o "consulado", primeira fase do governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como golpe 18 de Brumário' (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de Novembro do calendário gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleão fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder.
O fim do processo revolucionário na França, com o Golpe 18 de Brumário, marcou o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleónica. Seu governo pode ser dividido em três partes:
Consulado
O governo do consulado de Napoleão foi instalado após a queda do Directório. O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e controlado pelos militares. No poder Executivo, havia três pessoas que eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais tinha força e poder no Executivo era Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.
Novas instituições foram criadas com a Constituição de Dezembro de 1799, com cunho democrático, eram criadas para disfarçar o seu centralismo no poder. As instituições criadas foram o Senado, Tribunal, Corpo Legislativo e o Conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa, pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administração era o primeiro-cônsul(Napoleão Bonaparte).
Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais, os financistas e comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França. Os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade", da época da Revolução Francesa foram abandonados, e através da forte censura à imprensa e acção violenta de órgãos policiais, a oposição ao governo foi destruida.
Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício em 1802, podendo indicar seu sucessor. Esta realização implicou na instituição de um regime monárquico.

Império
A opinião pública foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleão, que levou à aprovação para a implantação definitiva do governo do Império. Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleónica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi reinstituído na França, e Napoleão foi declarado para ocupar o trono.
Foi realizada uma festa em 2 de Dezembro de 1804 para formalizar a coroação do agora Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais marcantes da história ocorreu nesta noite, onde um acto surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que tinha viajado especialmente para a cerimónia, e ele mesmo se coroou, numa atitude para deixar claro que não toleraria alguma autoridade superior á dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.
Títulos de nobreza foram concedidos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza foi formada. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo.
O Império Francês atingiu sua extensão máxima neste período, em torno de 1812, com quase toda Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população europeia da época.
Governo dos Cem Dias
O Tratado de Fontainebleau, de 1814, afasta Napoleão da ilha de Elba, de onde foge no ano a seguir. Desembarca na França com um Exército e reconquista o poder. Inicia então o Governo dos Cem Dias. A Europa reunida prossegue a sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em Junho de 1815, mas é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo e renuncia pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleónico.
Exílio em Santa Helena e morte
Napoleão foi preso e então exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena em 15 de Outubro de 1815. Lá com um pequeno legado de seguidores, contava as suas lembranças e criticava aqueles que o capturaram. Quando faleceu, em 5 de Maio de 1821, suas últimas palavras foram: "França, o Exército, Josefina".

Conclusão
Com a realização deste trabalho fiquei a conhecer um pouco mais acerca da História da França e sobretudo sobre o império estabelecido por Napoleão Bonaparte.
O Império Francês afectou directamente Portugal, uma vez que este não aceitou participar no Bloqueio Continental. Descontente o exército francês começou a atacar Portugal e a família real portuguesa viu-se sem alternativas pois não tinha meios para fazer frente ao império napoleónico mas também não podia abdicar dos negócios com Inglaterra, e como consequência os dirigentes portugueses fugiram para o Brasil.

Bibliografia : www.notapositiva.com

Componentes: Cristoffer, João Paulo, Welder, Bruno, Anderson.

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